segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

É que às vezes a gente vive uma história e nem se dá conta de que está vivendo. E só depois consegue perceber o tamanho da importância que aquilo teve para a nossa vida. Por esse motivo, em muitas situações, a gente gostaria de ter o poder de revivê-la por ficar um pouco com um gostinho de impotência na boca. Porque poderia ter falado mais, ter demonstrado mais, ter sentido mais. E não o fez.
Estou tentando mudar isso em mim, sabe. Essa minha mania meio idiota de controlar tudo o que eu sinto. De tentar não demonstrar afeto. De achar defeito onde não é necessário... Eu quero que dessa vez seja diferente. Eu quero viver cada instante com você. Eu quero perceber o quanto é bom. E quero te fazer enxergar isso também. Porque eu acho que nós somos lindos juntos. Porque, como quase nunca, eu estou apostando todas as minhas fichas, meu tempo e boa parte dos meus pensamentos... Sim, eu penso em você. Sempre. O tempo todo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz ano velho e próspero ano novo!

Nossa, como eu adoro esse climinha de fim de ano. Esses sentimentos todos que me tomam quando um ano está acabando. Quando parece que tudo me leva a fazer uma avaliação do que eu vivi, do quanto eu mudei, das coisas que ainda precisam ser modificadas. Eu acho que é, sobretudo, uma oportunidade de agradecer aos céus por ter me dado coragem de enfrentar o ano, com tudo que ele trouxe. Pelos anjinhos que foram postos na minha vida todos os dias... pessoas que talvez nem imaginem o tamanho do significado que tiveram durante o meu ano. E também me desculpar pelas vezes em que eu não compreendi quando as coisas não aconteceram da maneira que eu desejei.
Eu acho incrível essa coisa que me faz enxergar como cada ano é tão melhor que o outro. Eu me arrisco dizer que realmente esse foi o melhor dos meus dezoito. E o próximo será ainda mais. Porque ele vai vir com o que eu quiser que ele venha... Cheio de alegrias, bênçãos, realizações e muito, muito amor.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Se sentir amado

É, definitivamente eu acho que é uma coisa que todo mundo deseja. E eu também. Eu estava lembrando, ainda a pouco, que quando eu me apaixonei por aquele cara parecia que estar nos lugares sem ele não fazia muito sentindo. Não sei bem explicar. Parece que a gente condiciona a vida da gente na de outra pessoa. Parece meio pesado, eu sei. Mas eu me sentia tão leve. Porque dividir meu espaço com aquele outro corpo me transbordava. Estampava cores vibrantes nos meus olhos. É assim, e acredito que não pode ser diferente. É estar no meio de uma multidão e só enxergar uma pessoa. É poder dividir os detalhes da sua vida com inúmeros outros mais bonitos e prováveis de serem amados, e querer compartilhar apenas com um. É escolhê-lo como seu. Como parte do seu mundo. Como alguém que te faça cheio de afetos. É se imaginar envelhecendo com ele e qual será os nomes dos seus filhos. É imaginar o dia em que, finalmente, você estará com ele pra sempre (contradizendo o clichê de que o pra sempre, sempre acaba). É querer demonstrar pra o universo o quanto você ama aquele outro ser, como se já não fosse tão óbvio e notório. Planejar, construir, acrescentar uma vida a sua. Tudo isso, tudo isso eu queria tanto, tanto, tanto que sentissem por mim. E que eu sentisse de volta. Porque amar sozinho é uma droga.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Analogia- amor e ovo

Como assim, né?!
Do mesmo modo que o ovo, a melhor parte do amor acontece quando se consegue quebrar a casca... a proteção.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Não me entenda mal, não me entenda bem

A gente tem tanta sede por amor, por paz, por crescimento que, muitas vezes (ou sempre), acaba atropelando tudo. Coisa de gente mesmo. Coisa de ser humano. Imperfeito. E a gente erra quando não faz a lição de casa. A gente erra quando não consegue não repetir um erro tantas vezes cometido.
Embora saibamos que nada foi feito da maneira correta, porque a maneira certa é a que existe coração, nos perdoamos, nos redimimos, pelo simples fato de termos tentado. Só mais essa vezinha, por favor, obrigada! Só mais essa, a última. E não mais.
Ninguém vai entender isso aqui, eu sei. São palavras soltas. Não importa. Mas sabe quando você chega em um estado de saturação completa, quando você sabe que, em definitivo, não existe saida a não ser parar? Pronto, é exatamente isso. É isso que tem feito ventanias no meu coração. Um momento em que você se sente um lixo, um monstro, um zero a esquerda, porque de uma maneira ou de outra vai decepcionar alguém que gosta muito.
No momento entre embarcar ou não nessa é que houve o erro, porque você não conseguiu se olhar por dentro. Voce não conseguiu, sobretudo, reconhecer-se. E depois de feito nada pode ser desfeito. Talvez, com sorte, reparado.
As pessoas te julgam, mas ninguém entende. E a gente se culpa. A gente tenta imaginar zilhões de possibilidades de insistir e não consegue.
E aí a pergunta: pra quê?... se o seu coração não bate forte, se não te arranca suspiros de saudade ou de carinho, se não te faz diferença, se não te acrescenta, se não te deixa completamente feliz, se não te arranca pedaços, se nunca te despertou paixão? E ai se faz o quê?
Não consigo enxergar razões pra prosseguir. Estar desistindo, nesse momento, é a minha maneira mais sincera de gostar. É uma forma de nos fazer existir.
Presa em mim mesma não dá pra ficar... me sinto pequena e limitada! Escrevendo concretiza.

Isso é um vale liberdade. Nunca mais acredite em mim, nunca mais deposite as suas expectativas em alguém como eu. Eu não sinto nada. Há tempos. O resto é mentira.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Raramente as pessoas se importam com o que a gente sente. O mundo é hipócrita, cara. Muita gente atua.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Amor e música

Fico pensando que o amor de alguém na minha vida é meio como música...
Eu adoro música. É um coisa que definitivamente me completa. Às vezes me descreve, às vezes me faz chorar, às vezes me deixa muito, muito alegre. Mas depois enjôa...
É bem assim: eu conheço uma música nova, letra linda, melodia encantadora, um intérprete incrivel! Eu quero que ela seja a principal da trilha sonora da minha vida. Aí eu passo dias e noites e madrugadas ouvindo a música, vivendo a música, cantando a música, explorando a música. Tudo de uma vez. Depois eu enjôo. Quando ela toca, sempre que toca, eu quero passar de música... porque eu já conheço essa, já decorei e quero uma nova!
O tempo passa, outras músicas me chamam atenção e me definem e povoam a minha mente, voz, coração. Aí, vezenquando, eu lembro daquela primeira... me dá vontade de ouví-la novamente.
Se eu der a sorte de ainda achá-la nos meus arquivos ou num cd antigo, ótimo! Se não, o jeito é cantá-la na memória. Tentar lembrar o ritmo dela, as rimas dela, as vírgulas dela.
Engraçado é que letra de música raramente tem ponto final...
O fato é que eu vou continuar a adorar a música, por mais que eu já saiba de cor, por mais que eu tenha abusado dela. Um dia, depois de algum tempo, eu vou amar se ela tocar mais uma vez ao acaso ou se eu achar algum detalhe dela nessa que está no player do meu computador agora. Porque musicas são lindas...
É bem assim, eu nem queria, nem foi sempre dessa maneira, mas acho mesmo que amores pra mim são como música...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu sei que eu sou meio maluca, às vezes. Que eu sou meio incompreensível e inconstante... Mas eu acho que, talvez, eu só precise mesmo é provar o improvável.
Ah, sei lá, eu vivo falando de amor e de paz e blábláblá, mas sinto que o que eu quero, na verdade, é loucura, paixão. Deixa essa ternura toda, essa estabilidade toda, essa chatice toda lá pros 30, porque os meus dezoito, meu amigo, sinceramente, não suportam tanto peso... ou tanta leveza, vai saber!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Não tem essa de mês que vêm ou ano que vêm... o tempo é agora, minha amiga. Eu tenho que me convencer disso tb, mas enquanto isso não acontece eu tento enfiar na cabeça das pessoas. Essa coisa de ano novo é simbolismo. Puro.
A mudança é gradativa, mas a decisão deve ser imediata. Não dá pra ficar alimentando e querer que aquilo passe. Não-vai-passar. Isso eu garanto.

domingo, 24 de julho de 2011

Não tem palavra que possa explicar

Deitada, dormindo na minha cama, num dia de chuva, quando eu chego da faculdade... você parece um anjo. É, o meu anjo, como sempre foi. Eu coloco as minhas coisas no quarto rapidinho pra não acordar o teu sono que eu acho divino. E quietinha assim, você nem parece essa pessoa impetuosa e tão mal-humorada e tão bem-humorada e firme. Às vezes já me deu vontade de te trocar, naquelas horas em que você fala coisas tão cortantes pra o meu coração. Mas depois eu olho pra você e eu vejo tanta coisa, mas tanta coisa boa e grande, como o que eu sinto por você, que eu me martirizo o resto do dia por ter tido um pensamento tão idiota. Eu estou escrevendo pra você, mãe, porque o meu amor por você é o maior do planeta terra inteiro. E eu não tenho como te falar porque você não acredita nisso. Mas eu daria todas as coisas boas da minha vida só pra ter a certeza de que você seria muito feliz. Porque toda vez que você não está bem eu fico pedindo a Deus que ele troque os seus sentimentos com os meus ou a tua doença pela minha saúde. E desde bem pequena eu obedeço a mania de todas as noites rezar pedindo que você esteja perto de mim até o dia que eu morrer. E eu acho o seu sorriso lindo, mãe... eu me sinto realizada demais quando ele se abre pra o mundo. Você deveria sorrir mais, sorrir muito. Você não sabe, ninguém sabe, mas quando eu vejo você chorar eu tenho uma vontade enorme de te abraçar e pedir que você tenha consciência de que eu vou estar sempre do seu lado, mesmo que o mundo esteja explidindo lá fora. Mas eu não sei, eu não consigo. E é aí que eu fecho a porta do meu quarto e choro. Porque a sua dor é a minha dor. E eu fecho a porta porque você não entende essas coisas... porque você não acha que eu sou capaz de sentir isso. Mas eu queria te dizer, mãe, que você é linda, que você é incrível, que eu devo a minha vida a você, e que eu te amo de uma maneira absolutamente infinita e inevitável. E eu não me importo que você me odeie as vezes, que você brigue, que voce não me entenda... porque você é o meu anjo, a minha guia. Eu nunca tinha escrito pra você, porque eu sempre achei que uma coisa tão importante assim não pudesse mesmo caber em uma página do word. E não cabe. Termino esse texto fazendo a mesma coisa que eu fiz desde a quarta linha: chorando.

domingo, 3 de julho de 2011

Apaixonante

-Pacey:"Talvez eu apenas quisesse que essas pessoas vissem você pelos meus olhos pelo menos por uma noite. Vissem essa garota, essa mulher que tem mais classe, inteligência, beleza e graça do que qualquer outra na face da Terra. E talvez essas coisas apenas saiam da minha boca porque eu estou loucamente apaixonado por você, mas o mais assustador é...eu acho que é verdade."
- Joey:"Sua mãe devia ganhar uma medalha. Ela criou o rapaz perfeito.E talvez essas coisas apenas saiam da minha boca pq eu estou loucamente apaixonada por você, mas o mais assustador é...eu acho que é verdade."

(Diálogo do seriado Dawson's Creek)


Lindo, né? Também achei!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Existem sonhos em mim que eu sei que só se concretizarão enquanto durmo.

domingo, 26 de junho de 2011

Baby, é pra você

E por trás de todas essas minhas certezas (incertas) eu tenho que te jurar que eu sou inofensiva. Eu nunca quis te fazer mal nenhum. Na verdade eu sempre estive no primeiro lugar da fileira das pessoas que querem a sua felicidade. Eu estou dizendo e talvez voce não acredite. Mas eu nunca fui desonesta com você. Eu sei que a minha cota já esgotou, mas eu queria pedir pra você me esperar. É querer demais, eu sei. Assim como sei que é voce. E tem sido você. Porque é pra o teu colo que eu quero correr quando as coisas não vão bem por aqui, e é você que eu quero procurar pra contar um desses acontecimentos meio bobos de todos os dias. Você não sabe disso. Mas tento não fazê-los porque eu não quero ser uma coisa ruim na sua vida. Ainda assim, eu tenho muita vontade de pedir que você me espere. Até que eu esteja pronta. Pronta pra você, é claro. E isso não vai acontecer enquanto eu não tiver toda certeza. Porque quando se trata da gente eu sei que não posso mais errar. Enquanto isso eu fico aqui, quietinha e feliz, vendo que você não estacionou por minha causa. E eu quero que você prove todos os gostos, de todas a bocas, de todas as bebidas, de todas as experiências. Porque um dia, se já não tiver passado tempo demais e se ainda for bom pra você, um dia, quando eu estiver preparada, eu vou te procurar e ai vai ser pra valer...

sábado, 25 de junho de 2011

E abrir as portas, hoje, é uma escolha trabalhosa demais pra mim. Seria como derrubar todas as minhas construções para erguer mais uma vez, uma a uma, tijolo por tijolo. Não é tão dificil assim. Já fiz isso algumas vezes, confesso. Já me desfiz e me reinventei. Mas ando com uma preguiça infame ultimamente. E ai eu me pergunto, pra quê? Se está tudo tão bom, tão limpo, tão só. Tão completamente só. Se eu só preciso contar comigo. E a força necessária eu encontro aqui dentro todos os dias. Sem ir além, sem precisar de auxilio. Sem sede, sem medo, sem arrependimentos. É que faz um tempinho já que resolvi ser auto-suficiente.Estou fugindo de qualquer coisa que soe a uma troca. Só que as vezes pra encontrar um bem maior a gente tem que jogar com todas fichas, não é verdade? Temos que ousar. Mas quem disse que eu quero algum bem maior? Eu sequer estou jogando. Eu só preciso de tranquilidade. Cansei de buscar coisas maiores, de querer pintar o mundo com florzinhas e corações. E não estou afim de tentativas. Não tranquei, digamos que eu esteja fechada pra balanço. Sem previsão pra abertura. Não é fraqueza não, cara, é preguiça! Ah, me dei umas férias.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

E se o mundo dá voltas, que não seja pra que eu veja mal alguém que me fez algum mal. Que seja pra que eu fique feliz.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O que passou que fique no passado

Sabe que as vezes me falta paciênca com você. É que hoje eu te acho infantil demais pra mim. Sei lá, é estranho. Você encheu tanto de você cada detalhe da minha vida. Você chegou a tocar o meu coração da forma mais quente, e da mais gelada também. Um dia. Lá no passado. Que parece mais longe do que realmente é. Olha, não fica chateado não. Mas eu não tenho mais estômago pra você. Eu não acho mais graça nas suas piadinhas idiotas. Eu não tenho mais o pouco orgulho de antes pra permitir que você me banalize. Sabe que um dia desses eu consegui até ter nojo. Juro. Não é mentira não. Foi numa tarde dessas sem conteúdo, ai eu lembrei e deu vontade de vomitar. Assim, simples. Enjôo, sabe? Mas as vezes, também, eu olho pra você e eu tenho pena. Porque eu só te vejo como um cara que não consegue progredir. Um cara que também não me enxerga como antes e que, simplesmente, não é corajoso o bastante pra deixar isso numa gaveta fechada. Eu imagino que só eu mesmo pra ter dado tanto do meu tempo e do meu sorriso e do meu beijo e da minha vida inteira pra alguém como você. Desculpe, eu não quero ser dura ou mal educada ou sei lá o quê. Mas eu estou tão desaforada ultimamente. Não sei, só não consigo mais engolir algumas coisas que me incomodam. Eu cuspo. Quando eu não consigo mastigar, ou quando o gosto não me agrada eu, simplesmente, cuspo. Talvez essa seja a lição que ficou daquilo tudo. Eu imagino que só eu mesmo pra aturar tanta falta de conteúdo. Tanta repetição. E eu te olho e vejo que você deixou ir embora uma pessoa que te enxergava da maneira mais bonita que se poderia ver. Eu te olhava com devoção. Mas a gente viveu uma coisa, que eu não sei se pode ser chamada de relacionamento, que era tão superficial e vazia. E a gente tentava preêncher com músicas, cartas, telefonemas de madrugada. E eu cansei tanto disso, entende? Daí, de tanto insistir eu resolvi guardar o que restava do sentimento no bolso de uma calça jeans, mas ele estava furado. Vê só que alegria pra mim. Eu tentei procurar até o dia que eu entendi que existem coisas que quando a gente perde não encontra nunca mais. E é melhor pra todo mundo. Caralho, você nunca mereceu tanta exclusividade. Ah, a gente tem de concordar com isso. O moço nunca foi o leite derretido no fundo da xícara de café. Seria, no máximo, perdoe a comparação barata, a falta de açúcar de uma mistura de cafeína amarga. Que a gente precisa provar, de vez em quando. Mas sei lá, não raras as vezes eu adoro você também. É de verdade. Você sabe. Eu só queria ter o poder de te fazer crescer. Você até poderia se tornar um cara interessante pra alguém. Pra mim não, porque a gente já se esgotou e porque eu realmente não tenho mais paciência. O quê? Não, não diga que eu estou me contradizendo. É só que eu sou bipolar mesmo. E, sei lá, cara. Eu nem tenho mais nada pra falar. Eu só te desejo muita sorte na vida. De coração.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Tem dias que eu acordo pensando tanto na vida. Nos caminhos. Nessa correria toda, essa sede de viver. Então repito: respira, respira. A vida é curta, mas não precisa correr. Tem calma. Abre a janela, sente a quenturinha boa do sol de manhã cedo. Tira a pilha do relógio. E falo baixinho, ainda sentada na cama: Ah, eu gosto de Djavan, gosto de Chico, gosto de Gal; da poesia de Vinicius, Caio Fernando... e vai me dando uma paz, uma paz. Que se transforma cada vez mais em paz. E pode ser que seja loucura. E eu quero largar a faculdade, eu quero fazer música, eu quero aprender a escrever, eu quero aprender a tocar violão, sentada num banquinho de madeira. Sem pensar em dinheiro, sem pensar em futuro. E viver de prazer, de mar, de amor. E ligar praquele cara, que ainda não tem nome, e dizer: ei, to fugindo desse mundo hipócrita e vazio e cheio de pressa, você vêm comigo? E ele vai vir. Vai porque acredita no que eu acredito. E algum tempo depois, coloco um bilhete em uma garrafinha no mar dando sinal de vida. Um dia chega. Não temos pressa. Será como um recomeço. Para que os meus olhos enxerguem o que importa. Para descobrir o que o amor e o sol iluminam o universo, os sonhos e, assim, a alma das pessoas.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ainda espero

E no meio de toda essa loucura de vida, acordar de madrugada, ônibus lotado, pessoas sem coração. Eu só queria alguém que afastasse o meu cabelo do rosto, beijasse a minha testa, e falasse que está tudo bem. Alguém pra dividir o ar, a saliva, a cadeira do lado do cinema, o suor de mãos dadas, o filme, a final do campeonato, a virada do ano. Alguém que pudesse entender a minha sensibilidade.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Então, é isso

Eu vou andando pela rua, pisando lento, como quem não tem pressa. O pensamento longe. A verdade é que eu tenho me sentido mais calma. Essas experiências tão constantes tem me trazido um conformismo nítido. Não acho isso bom. É como se tudo estivesse me tirando o brilho, a minha necessidade de gritar por alegria, de querer ser o melhor para as pessoas. Porque eu me achava a super mulher que podia acabar com a tristeza do mundo inteiro. Porque eu queria provar que a felicidade existe e que as pessoas podem ser boas. Porque quando eu sentia uma coisa bonita por alguém eu queria distribuir por aí, a torto e a direito. E acho que perdi isso. Acho que perdi o que eu tinha de mais incrível. E, as vezes, quando aparece uma pessoa meio boba e eu sinto coisas bobas, eu fico feliz por ser um ser humano que consegue sentir alguma coisa no meio de tanta coisa. Mas o que eu sinto não dura. É uma pena. Queria escrever coisas bonitinhas, queria colocar o nome de alguém com um coraçãozinho do lado, algo bem piegas mesmo. Mas não sei quem, não sei como. Nem lembro mais qual é o caminho que se percorre pra alcançar essas besteirinhas lindas. Me sinto quase vazia. Faz tempo. Eu quase não choro, eu quase não ligo, sou quase fria. Só consigo pedir: meu Deus, não me deixa apagar esse quase de mim. Eu sou só uma menina que ainda quer ser boa, que ainda quer ser boba e que ainda consegue acreditar na vida.

domingo, 22 de maio de 2011

Texto sem fim nem começo

Não importa que doa. Nunca importou. As coisas ruins a gente deixa pra trás, vai espezinhando pelo caminho. As boas a gente leva no coração, pinta com as cores do arco-íris, enfeita com lírios brancos.
O que a vida exige é que sejamos felizes, que nos permitamos. Todos os dias, quando o sol estampa a claridade na janela, a vida acorda o espírito, nos grita coragem. Estamos vivos. Devemos, sobretudo, perceber que estamos vivos. Temos uma jornada deliciosamente encantadora a cumprir. E cumpriremos. Da melhor forma que pudermos. Viver é divino e não nos conformaremos com experiências mornas. Queremos um vulcão ativo fervendo nas artérias. Coração pulsando com o vermelho vivo do sangue.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Como dois mais dois são quatro

E se isso foi mandado pra mim, é muito óbvio que eu posso suportar. Eu sei que tenho inúmeras coisas pra falar. Das muitas coisas que eu sinto e tenho pra sentir. Com mais zilhões que eu preciso fazer . E não vou falar, e não vou fazer. Não por falta de coragem ou vontade ou, ou de... Mas jamais eu vou passar por cima dos interesses do outro. Por mais que se cruzem com os meus. E eu vou seguir sem jogos, sem obscuridades. Porque a coisa mais satisfatória que existe no mundo, pra mim, é ter a consciência de quem acha que fez o que é certo. E fazer o que é certo, e não o que se tem vontade, já é um caminho muito longo a se percorrer. E eu aprendi a enfrentar as coisas que me são impostas com toda a dignidade. E é assim que vai ser. Sempre.

sábado, 7 de maio de 2011

Escrever ou explodir

E lá vem você com essa mania idiota de me fazer ficar feliz na sua presença. Eu sei que você sabe do efeito que causa em mim. Eu sei que você percebe que recuso qualquer tentativa de toque, de aproximação. Tenho vontade de gritar: Pare com isso, pare de me olhar dessa maneira! Pelo amor de Deus, pare de falar das confusões da sua cabeça. Eu não quero isso pra mim, mil vezes. Eu não quero saber de nada disso! Não aguento. Sei dos meus medos e das minhas fragilidades...

Agonia é querer que você faça parte dos meus dias. Querer o teu riso fácil, teu olhar fixo, teu jeito de saber bem como me irritar. Ainda que pela metade. Ainda que não da maneira que eu quero. Agonia é precisar de tudo isso e não poder querer. É pior pra mim. Eu sei bem. Sei o quanto repasso as nossas conversas, minuciosamente, todos os dias, buscando qualquer detalhe que queira dizer alguma coisa. E eu preciso parar com essa mania de criar expectativas onde não existe nada. E fico assim os dias inteiros, da semana inteira. Meio zumbi, meio piegas, meio burra e dispersa.

Eu tenho essa vontadezinha palhaça de colocar as minhas duas mãos pequenas no teu rosto e dizer que você é um idiota, que você não pode ter feito isso comigo. De pedir que você volte, volte! Pra mim, pra o nosso pouco tempo. E que foi pouco pra mim. Vontade de falar que você me desperta sentimentos absolutamente bonitos e calmos e serenos. E que eu poderia muito bem te fazer feliz. Se você deixasse. E que a gente se diverte muito juntos. E que você precisa parar com essa história de acabar por aqui. E que eu ando impaciente demais com o mundo porque eu estou guardando tudo isso pra mim. E eu sou pequena demais pra segurar coisas tão grandes dentro de um corpo, de uma alma, de um coração. E eu tenho essa capacidade tão grande de amar e ela está sendo jogada fora. Eu estou esborrando.

Queria que você enxergasse o quanto eu fiz por você. O quanto eu diminuí a minha loucura, o meu ritmo, o meu compasso. Que agora eu usava vestidos de mocinha, que eu não queria mais saber de balada e de bebida e de músicas não-construtivas, que eu parei de falar palavrões e que eu estava, de verdade, tentando ser uma pessoa melhor, por nós dois. E eu fico dizendo pra mim que não é assim, que não é você. E você é louco. Mas sou inundada, diáriamente, por essa vontade absurda de cuidar do teu cansaço, do teu sono, da tua dor de cabeça.

Eu fico perturbada demais, inquieta demais, estranha demais com tudo isso. Porque eu não vou te esperar. Mas, simplesmente, não sei como colocar um ponto final e virar a página. Nunca soube. Queria muito seguir, botar pra frente. Mas não sei se posso, não sei se consigo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

E passou

Eu durmo e acordo e cumpro o dia e durmo novamente na esperança do dia em que eu vou abrir os olhos sabendo que você é um idiota, que eu sempre fui muita areia pra o seu caminhãozinho e que definitivamente eu não preciso de você pra acabar com a minha solidão.
E eu vou olhar pra você e pra toda a sua insignificância e não vou perder o chão, e não vou congelar, e não vou sentir essa vontade absurda de me jogar nos teus braços junto com os meus quase dezoito anos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

E no começo a gente (eu) se segura, finge que não liga, é desprendida, bem resolvida. Mas depois, ah, depois. Eu sou esse furacão de sentimentos mesmo. Eu jogo tudo no teu colo. De uma vez só. Quero me declarar com as coisas mais lindas que eu tenho pra dizer e te agarrar numa tarde chuvosa. Tomar sorvete de mãos dadas na praia. E te procurar do outro lado da linha na hora em que bate o sono. Eu quero ser teu tudo, porque você já vai ser o meu . Eu quero agora, já. Pago o preço que for necessário pra ter isso pra mim. Nem que seja por pouco tempo. Só hoje ou só amanhã. Não ligo mais. Não gosto de jogos. Cansei de fingir ser o que eu não sou. Sou isso e pronto! Sou urgente. E se não aguentar e sair correndo de mim, já vai tarde, muito tarde. Não vale a pena.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

E viva a vida vazia

Ei cara, eu tenho que dizer que é com muito, muito esforço que eu volto a freqüentar esses lugares. Tudo tão previsível, tão chato e inútil. Os mesmos caras, as mesmas mulheres, as mesmas abordagens. Não muda nunca. Eu fico aqui, meio perdida, meio estranha e quieta, na esperança de encontrar qualquer pessoa, um pouco mais interessante, que possa salvar a minha noite. E não encontro nunca. Nada. Ninguém. Então, como previsto, eu encho a cara e continuo achando tudo uma grande merda. Eu me pergunto o que é que eu estou fazendo aqui, com o meu olhar descentralizado. Quem eu procuro deve achar isso tão chato quando eu. Mas deve mesmo ser divertido demais estar nesse lugar estátua, bêbada, patética. Fazendo o que todos aqui fazem. Pior é que é com toda essa porcaria que eu tento preencher o vazio de uma noite de sábado solitária.