domingo, 23 de maio de 2010

Quero apenas cinco coisas...

Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.


Pablo Neruda

sexta-feira, 21 de maio de 2010

É que as vezes é complicado de perceber até que ponto alguém é a projeção daquilo que a gente sonhou um dia.
Quer saber? a culpa é exclusivamente nossa.
Quando a gente se decepciona com determinada pessoa, na maioria das vezes, é por culpa nossa. Fantasiando algo que alguém jamais pode ser.
E embora isso não seja a coisa mais fabulosa do mundo, é preciso que a gente encontre, sempre, um aprendizado em cada minúscula coisinha que nos acontece! E as vezes é muito importante pra o nosso crescimento algo comoum choque de realidade.
É lógico que é muito normal que depósitemos total confiança em alguém, principalmente se esse alguém for quem faz nosso coração disparar. É normal sim, que ofereçamos todos os nossos medos, alegrias, vontades e desejos. Mas como eu ja tinha aprendido um dia, gostar não é o bastante.

E se mais uma vez eu precisar chorar, o problema é, indiscutivelmente, meu. Eu que sou dona das minhas dores e dos meus aprendizados.
E se for necessário que eu mude, mais uma vez, isso vai acontecer.
Não por ninguém. Por mim.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Isso não faz muito tempo, mas eu aprendi a ser só

Tenho pensado muito sobre isso enquanto reavalio os meus relacionamentos.
Nós, imperfeitos como somos, temos uma capacidade absurda de sermos egoístas. De fato. Machucar as pessoas às vezes, e na maioria delas, sem que essa seja propriamente a intenção.
É verdade, em muitos momentos a gente, na sede de suprir necessidades íntimas, buracos causados pela vida procuramos, desvairados, buscar em alguém um complemento que só pode ser achado dentro de nós mesmos.
Eu acho que o ser humano tem total aptidão para tomar consciência desses erros, que podem causar danos irreparáveis nas pessoas. E plenamente capazes de permanecer sós, até que o momento de carência passe, até que percebamos o quão maldosos estamos sendo; iludindo alguém que jamais seria capaz de preencher nossos vazios.
Coloquemos, portanto, em nossas cabeças o fato de que não temos o direito de usar as pessoas apenas por capricho. Deve existir respeito pelo outro.
Sempre achei que, para que um amor saia de nossas necessidades, para que ele vá embora, é preciso um novo amor, pelo menos é um tanto mais fácil pra nós. Por esse motivo magoamos e desrespeitamos pessoas que gostamos muito, verdadeiramente. De uma forma mais amena, é claro. E é exatamente por esse motivo que eu aprendi a ser só. E eu não tenho mais medo disso. Porque, na verdade, eu já cansei dos meus términos de relacionamentos. De precisar, cada vez mais, de desculpas e desdobramentos para colocar um fim naquilo tudo com o máximo de cuidado, para não aumentar ainda mais o estrago que já foi feito. Sem necessidade, vale ressaltar.
Que possamos, então, pensar mil vezes antes de engatar um relacionamento. Colocar na balança e avaliar se realmente vale apena. Só o faça quando tiver plena certeza do que sente e do que quer.
Que tenhamos coração.
Que ninguém nós iluda e, principalmente, que não iludamos ninguém. Acredite, podemos conter nossas emoções em nós mesmos, sem que saiamos por aí devastando corações. Isso é perfeitamente possível. Basta querer.

domingo, 2 de maio de 2010

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego, atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

-Lenine