quarta-feira, 27 de abril de 2011

E no começo a gente (eu) se segura, finge que não liga, é desprendida, bem resolvida. Mas depois, ah, depois. Eu sou esse furacão de sentimentos mesmo. Eu jogo tudo no teu colo. De uma vez só. Quero me declarar com as coisas mais lindas que eu tenho pra dizer e te agarrar numa tarde chuvosa. Tomar sorvete de mãos dadas na praia. E te procurar do outro lado da linha na hora em que bate o sono. Eu quero ser teu tudo, porque você já vai ser o meu . Eu quero agora, já. Pago o preço que for necessário pra ter isso pra mim. Nem que seja por pouco tempo. Só hoje ou só amanhã. Não ligo mais. Não gosto de jogos. Cansei de fingir ser o que eu não sou. Sou isso e pronto! Sou urgente. E se não aguentar e sair correndo de mim, já vai tarde, muito tarde. Não vale a pena.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

E viva a vida vazia

Ei cara, eu tenho que dizer que é com muito, muito esforço que eu volto a freqüentar esses lugares. Tudo tão previsível, tão chato e inútil. Os mesmos caras, as mesmas mulheres, as mesmas abordagens. Não muda nunca. Eu fico aqui, meio perdida, meio estranha e quieta, na esperança de encontrar qualquer pessoa, um pouco mais interessante, que possa salvar a minha noite. E não encontro nunca. Nada. Ninguém. Então, como previsto, eu encho a cara e continuo achando tudo uma grande merda. Eu me pergunto o que é que eu estou fazendo aqui, com o meu olhar descentralizado. Quem eu procuro deve achar isso tão chato quando eu. Mas deve mesmo ser divertido demais estar nesse lugar estátua, bêbada, patética. Fazendo o que todos aqui fazem. Pior é que é com toda essa porcaria que eu tento preencher o vazio de uma noite de sábado solitária.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O rascunho do meu blog está uma montanha de textos inacabados. Assim como a minha vida. Cheinha de pessoas e situações pendentes, interminadas, incompletas. Mais ou menos como portas entreabertas.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Minha vontade é de que ele entenda que existem muitas coisas que não precisam ser faladas. Que ele perceba que eu nunca vou falar. Sou complexa demais pra isso. Que faz tempo que eu me sinto feliz só por olhar naqueles olhos. Que eu venho dando inúmeros sinais. E ele precisa entender que se não perceber eu vou fugir. Juro que fujo. Eu preciso que ele me entenda, que me desarme. Porque sozinha eu não consigo. Eu quero que ele cuide de mim. Eu quero que ele seja esperto, que me entenda e não me deixe ir embora. Porque eu preciso de amor ou pelo menos algo parecido com isso. Assim como ele, como todo mundo, eu só quero ser feliz. E de um jeito bem simples eu quero sentir. Quero sentir, quero gostar e quero que ele goste também.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Talvez seja amadurecer

É que às vezes eu sou ingrata demais com Deus e com a vida. Eu reclamo demais e questiono demais e sei que eu não posso ser assim. Mas nesse momento eu estou sentido uma paz tão grande, uma calma tão grande e tenho certeza de que não é consequencia dos dois sucos de maracujá que eu tomei hoje na faculdade. É uma paz na alma. Minha vida já é tão complicadinha que eu não tô mesmo me achando no direito de piorar as coisas. Hoje eu acordei extremamente a flor da pele e extremamente de bem comigo. Minha nossa, o que eu sinto diante do tamanho do mundo é porra nenhuma! Os meus problemas jamais serão os maiores do planeta. Olha ao meu redor, o universo tá um caos. Entende a fome na África, a corrupção no Brasil. Pelo amor de Deus, o que é que eu sou comparada a isso tudo? Hoje eu acordei e resolvi entender que o que existe é muito maior do que o meu próprio umbigo. E que vida tá me esperando, e eu não preciso de nenhum motivo maior do que estar viva pra ficar feliz. E eu mereço ser feliz.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dá pra entender que eu sou só uma menina? Que eu me faço de forte o tempo inteiro e finjo que supero tudo em tempo recorde, quando na verdade só que sabe das minhas dores são as paredes do meu quarto? Dá, por favor, pra você entender que eu tô morrendo de medo de meter a cara no chão mais uma vez? É que eu sou assim, e é bem verdade mesmo que ninguém se acostuma com a dor. Ela permanece, às vezes com mais, às vezes com menos intensidade. Mas ninguém se acostuma. E eu, como não sou diferente do resto do mundo, me apavoro sempre que acho que o sinal vermelho acendeu. Sinal de perigo. Eu juro que estou assustada demais com essa situação. Quero te fazer feliz e me doar e viver com você tudo que a gente pode viver. Mas tem que ser reciproco. Eu não tô a fim de dar a minha cara a tapa. Eu não quero promessas nem o eu te amo automático desse mundo. Eu quero ser cuidada. Eu quero ser amada. Quero garantias e certezas. Não dá pra fazer o meu melhor e receber metade. Eu preciso de todo amor, só pra mim. Inteiro. À vista. Tenho certeza de que eu mereço muito mais que restos ou metadezinhas medíocres. É isso.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Droga. Sempre que ta indo tudo muito bem e que eu acho que, finalmente, as coisas vão entrar nos eixos aparece uma merda de problema pra acabar com a minha alegriazinha ridicula. Eu tô cansada desse ciclo idiota. Eu tô cansada de entender todo mundo e ninguém me entender. Cansada de gostar sempre das pessoas e seus malditos sentimentos. Todo mundo deveria ser como um quadro em branco.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

As vezes tudo o que eu quero e preciso é, simplesmente, o direito de chorar. Mas parece que é pedir demais. Eu acho absurda essa mania que as pessoas tem de incomodar os outros num momento desses, que é tão intimo, tão urgente e necessário. Infelizmente tem gente que não entende. É que tem dias que a gente acorda sensivel mesmo, como o dia de hoje pra mim. Mas o que é que qualquer outra pessoa do mundo tem haver com isso se as lágrimas são minhas? absolutamente nada, é claro. O problema é meu, a tristeza é minha e, sinceramente, tudo o que eu não necessito é de alguém que fique tentando entender meus sentimentos. Parece que já não basta a vida tirar um bocado de coisas que são importantes pra gente... alguns sonhos, algumas pessoas... Ainda querem nos tirar essa coisa que é tão nossa. E é tão importante para o crescimento de uma pessoa um choque de realidade, pra que e gente se situe. É importante pra mim, pelo menos. Eu sei que imaturidade é uma palavra que ainda atua bastante em mim. Eu sei que sou fraca e egoísta. E não é uma atitude das mais fáceis admitir isso. Mas eu tenho certeza de que qualquer que seja a situação, por mais que pareça negativa e que seja motivo pra uma tristeza inominável hoje, certamente servirá pra me tornar um ser humano melhor e, com sorte, mais forte. E é isso. Hoje, agora, nesse momento, eu só quero que me deixem em paz e só. Eu e tudo o que eu sinto. É crucial pra mim.