sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Se sentir amado

É, definitivamente eu acho que é uma coisa que todo mundo deseja. E eu também. Eu estava lembrando, ainda a pouco, que quando eu me apaixonei por aquele cara parecia que estar nos lugares sem ele não fazia muito sentindo. Não sei bem explicar. Parece que a gente condiciona a vida da gente na de outra pessoa. Parece meio pesado, eu sei. Mas eu me sentia tão leve. Porque dividir meu espaço com aquele outro corpo me transbordava. Estampava cores vibrantes nos meus olhos. É assim, e acredito que não pode ser diferente. É estar no meio de uma multidão e só enxergar uma pessoa. É poder dividir os detalhes da sua vida com inúmeros outros mais bonitos e prováveis de serem amados, e querer compartilhar apenas com um. É escolhê-lo como seu. Como parte do seu mundo. Como alguém que te faça cheio de afetos. É se imaginar envelhecendo com ele e qual será os nomes dos seus filhos. É imaginar o dia em que, finalmente, você estará com ele pra sempre (contradizendo o clichê de que o pra sempre, sempre acaba). É querer demonstrar pra o universo o quanto você ama aquele outro ser, como se já não fosse tão óbvio e notório. Planejar, construir, acrescentar uma vida a sua. Tudo isso, tudo isso eu queria tanto, tanto, tanto que sentissem por mim. E que eu sentisse de volta. Porque amar sozinho é uma droga.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Analogia- amor e ovo

Como assim, né?!
Do mesmo modo que o ovo, a melhor parte do amor acontece quando se consegue quebrar a casca... a proteção.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Não me entenda mal, não me entenda bem

A gente tem tanta sede por amor, por paz, por crescimento que, muitas vezes (ou sempre), acaba atropelando tudo. Coisa de gente mesmo. Coisa de ser humano. Imperfeito. E a gente erra quando não faz a lição de casa. A gente erra quando não consegue não repetir um erro tantas vezes cometido.
Embora saibamos que nada foi feito da maneira correta, porque a maneira certa é a que existe coração, nos perdoamos, nos redimimos, pelo simples fato de termos tentado. Só mais essa vezinha, por favor, obrigada! Só mais essa, a última. E não mais.
Ninguém vai entender isso aqui, eu sei. São palavras soltas. Não importa. Mas sabe quando você chega em um estado de saturação completa, quando você sabe que, em definitivo, não existe saida a não ser parar? Pronto, é exatamente isso. É isso que tem feito ventanias no meu coração. Um momento em que você se sente um lixo, um monstro, um zero a esquerda, porque de uma maneira ou de outra vai decepcionar alguém que gosta muito.
No momento entre embarcar ou não nessa é que houve o erro, porque você não conseguiu se olhar por dentro. Voce não conseguiu, sobretudo, reconhecer-se. E depois de feito nada pode ser desfeito. Talvez, com sorte, reparado.
As pessoas te julgam, mas ninguém entende. E a gente se culpa. A gente tenta imaginar zilhões de possibilidades de insistir e não consegue.
E aí a pergunta: pra quê?... se o seu coração não bate forte, se não te arranca suspiros de saudade ou de carinho, se não te faz diferença, se não te acrescenta, se não te deixa completamente feliz, se não te arranca pedaços, se nunca te despertou paixão? E ai se faz o quê?
Não consigo enxergar razões pra prosseguir. Estar desistindo, nesse momento, é a minha maneira mais sincera de gostar. É uma forma de nos fazer existir.
Presa em mim mesma não dá pra ficar... me sinto pequena e limitada! Escrevendo concretiza.

Isso é um vale liberdade. Nunca mais acredite em mim, nunca mais deposite as suas expectativas em alguém como eu. Eu não sinto nada. Há tempos. O resto é mentira.