segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De coisas que precisam ser ditas

Muitas são as vezes em que a vontade de encontrar alguém fala tão alto que a gente projeta em qualquer um tudo o que idealiza. Não é o meu caso no momento, e não se encaixa de forma nenhuma pra nós dois. Eu não estou buscando ninguém e você não é qualquer um. Você é de um tipo que eu não sei bem explicar, assim, inicialmente. Você é um cara que merece, mais que qualquer outro, um texto meu. E que por algum motivo, desconhecido pra mim, ainda, pela primeira vez eu estou escrevendo sobre você. Você é um cara que me faz bem, que me faz feliz. E por esse motivo não precisamos rotular, ou então estraga. E eu queria que soubesse que eu adoro muitas coisas em você. Eu adoro a forma como me trata, como beija a minha testa. E que eu poderia, de verdade, gostar muito mais de você. E que as vezes você invade os meus pensamentos de uma forma absoluta, sem que eu possa ir contra. E fica ali, fazendo morada durante horas, como se aquele fosse o seu lugar. Não fosse pelo meu controle sobre mim, pela minha maneira de não me permitir, eu até poderia estar apaixonada por você. Mas não sei mais como se faz. Desaprendi. E pra mim a paixão surge justamente quando perdemos o controle sobre nós, sobre a vida, e ainda assim tudo parece fazer o maior sentido. Existem momentos em que eu penso no quanto você é um cara bacana, no quanto você é especial e, principalmente, no quanto eu não quero te causar nenhum mal. E tenho medo porque sei que não estou apaixonada. Não, não amo ninguém. Talvez nem queira amar. Afinal, tudo tem o lado ruim. E é bem isso mesmo, não sei mais me permitir. Pode ser que a vida tenha me endurecido um pouco, sei lá. Mas sei que você é um cara que merece, mais que qualquer outro, o meu coração. E que é tão especial que, eu tenho certeza, quando ler isso aqui, se chegar a ler um dia, vai ter a maior dúvida se realmente é pra você. E vai se procurar nas minhas linhas despretensiosas. Mas sim, é pra você.