sábado, 21 de novembro de 2009

Frágil

"Você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar pra bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de alguma lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Falei aqui um dia desses que apesar de tudo eu ainda conseguia sonhar de olhinhos fechados e me permitia achar linda a lua amarela e gorda das noites estreladas.
Mas eu queria fazer um pedido hoje, para quem quer que esteja me ouvindo: eu não quero mais sonhar de olhos abertos, fechados ou entreabertos, simplesmente eu não quero mais sonhar! Não quero mais ficar horas contemplando a porcaria da lua linda, nem ficar ouvindo músicas romanticas, nem perder tempo tropeçando em poesias que ficaram pelo caminho, junto com os meus pedacinhos e gastanto a minha paciência com tantas bobagens emocionais.
Não quero, mil vezes não quero, pedir pra ele voltar emtodos os nozinhos do papel do halls, nem pedir a Deus, todas as noites, alguém bacana pra mim. Não quero mais ser romântica e sonhadora, porque até aqui eu ainda não ganhei nada com isso a não ser decepção, decepção e adivinha? mais decepção.
Eu não quero nada disso!
Eu quero aprender a ser fria, seca.
Chega de todas as minhas babaquices emocionais. Eu quero ser madura.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

À você, que vai entender perfeitamente tudo isso

Se teve uma coisa na minha vida que eu aprendi bem é que eu não posso, jamais, perder a razão pra nada e ninguém. E eu vivo falando isso pra todo mundo, sempre que discuto sobre essas coisas ou quando eu acho que alguém agiu errado em relação a isso ou aquilo. Essa introduçãozinha foi só pra dizer que, eu acho, que pela primeira vez na vida eu perdi a tal razão.
Eu não tenho peso na consciencia nem nada, mas o que me deixa meio assim é que eu não ganhei nada com isso, a não ser a minha vingançazinha ridícula, quer dizer, nem tão ridícula assim.
Mas a culpa não é minha não, a culpa é sua, toda sua, é você quem me faz perder o controle, porque eu fiz coisas que talvez não devesse ter feito, mas também não foi nada tão errado assim. Eu não podia ter pedido a razão, porque não é assim que se resolve as coisas, mas é você quem me deixa desse jeito. Eu sei que fui meio errada, mas você também foi. Talvez eu me arrependa, talvez não.
E você nunca dá o braço a torcer, não me pede desculpas, quer dizer, pede sim, mas faz o mesmo no outro dia e é isso que mais me dá raiva, e é você quem começa tudo.
Deixa eu te dizer, você não vai bricar comigo não, não dessa vez, e é bom você se acostumar porque você me faz perder o controle da minha razão.
Eu acho que só consigo escrever quando tou triste...

08/ 11/ 2009

Eu queria que você soubesse que eu parei. Parei de querer saber o que você vai fazer no fim de semana, parei de me importar com a imagem que você tem de mim, parei de tentar ser simpática com os teus amigos e de pensar no dia que eu vou deixar você ler minha agenda colorida inteira, incluindo aquele papelzinho que eu tomei de você. Parei de gostar tanto dos teus beijos, de te achar tão engraçado e de ficar ouvindo aquela música que você me mandou um dia desses.
Eu parei com tudo isso. E sabe por quê?
Porque eu já entendi que tudo que eu vou ganhar de você é dor de cabeça.
Entendeu? Dor de cabeça. Mas não é daquelas que passam logo depois de tomar um Doril não, ela é persistente, dura o dia inteiro, eu durmo e acordo com ela. Também, quem não ficaria assim dormindo às quatro, acordando às oito? Aí é que tá, a minha dor de cabeça é a consequência inevitável da minha falta de sono, e a minha falta de sono é a consequência inevitável de você. Você tira o meu sono, e eu passo a madrugada inteirinha pensando aonde você tá agora, o que tá fazendo agora. Com certeza tá fazendo qualquer coisa que não seja pensar em mim, porque eu acho que você se importa muito pouco comigo para perder tempo com isso.
E agora que eu já falei tudo o que queria, eu tenho que admitir que menti, porque eu não parei de fazer isso ou aquilo, e eu continuo fazendo coisas pra te agradar, mesmo sem querer. Mas eu juro que tou tentando... PARAR.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sábado, 7 de novembro de 2009

Dança, dança, dança, quebra.
Mexendo os cabelos mesmo, suando, sem ligar se eles vão estar no lugar depois que a banda parar de tocar aquela música que você adora. Você sabe cantar, sabe o jeito certinho de dançar, de morder o lábio, de fingir que tá só no meio daquela multidão. É estar naquele estado de mais pra lá do que pra cá, em que a cabeça não consegue somar dois mais dois ou qual a sua comida preferida. Nesse momento você só consegue sentir a felicidade consumindo o corpo e agradecer.
Mas agradecer a quê? a ice tão geladinha, as suas pernas incansáveis e aquela amiga que ficou insistindo a semana inteira pra você deixar de lado qualquer coisa que ia fazer e pagar $80 pra ver as bandas que você adora.
Sábado bom como esse, fazia um tempinho que num aparecia por aqui.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A gente muda a gente; a vida muda a gente

Eu sempre me encaixei no perfil 'mocinha' de filme romantico, aquela abestalhada que se apaixona a primeira vista, passa o dia inteiro repetindo uma musica; cantando com um ar nostalgico e gasta horas procurando saber coisas da vida de uma menino que talvez nem a enxerga. Eu acho que sou especialista em amores platônicos; amores não correspondidos e essas coisas todas, o que, aliás, dá uma certa ênfase a minha personalidade. Mas depois de tanto tempo vivendo nesse mundinho de 'ah! ele não gosta de mim, ele nunca vai olhar pra mim', eu tenho que admitir que eu cansei, cansei mesmo, cansei de ser sempre a "boazinha" em tudo; de esconder meus amores; de ser apaixonada por um carinha que é apaixonado por uma miga boazuda; de ser olhada, sempre, como a menininha quevai pra o colégio de saia, sem um pingo de maquiagem no rosto, que usa um rabo de cavalo, mesmo tento cabelo bonito e que só é admirada pela mãe e a avó.
Eu cansei de tudo isso.
E foi aí que eu resolvi mudar, aí eu comecei a fazer outro papel nomeu filme, o da garotinha que fica rezando baixo pelos canos por ser uma menina má. É sim, tipo a da música da Cássia Eller. Daí eu meti tinta no cabelo e meti a cara da rua. No quesito meninos, funcionou, eu acho. E aquilo foi bom pra mim vida, não por causa da melhora com meninos, mas só pra eu aprender que nenhuma mocinha consegue fazer o papel de menina má por muito tempo. E quando eu percebi isso, entre a postura loucabeçabertademais e a minha verdadeira personalidade, eu decidi voltar a ser quem eu sou de verdade, apesar do cabelo continuar pintado. Intrigante é que quando você muda alguma coisa na sua vida, acha que tudo vai voltar a ser como antes, como aquele namoro que acaba por uns dois meses e depois volta, e é aí que você percebe que jamais vai ser a mesma coisa.
E lá estava eu, confiante na minha retomada, na minha volta às músicas romanticas repetidas mil vezes seguidas, no meu verdadeiro eu, enfim. Foi quando eu vi que tinha mudado, e mudado, tipo, muito. Eu quase me tornei uma cética, descrente. Para alguém que me conhece pode até parecer engraçado, porque ainda me vê sempre tão romantica apesar dos pesares. Mas eu vejo isso muito claro, bem na minha frente. Eu mudei sim!
Hoje eu custo a acreditar nas coisas, nas pessoas e principalmente em meninos. Deixou de ser uma coisa que eu me esforçada pra não acreditar, mas com um pouquinho de esforço eu acredito. Às vezes eu penso que as coisas vão dar errado, de um jeito ou de outro, , mas também, com um pouquinho de esforço eu consigo acreditar que vai dar tudo certo. Eu sei que tenho perdido alguma coisas por me comportar assim, porque eu viro as costas antes mesmo de ganhar um sorrisão lindo de alguém que eu goste muito, por achar que talvez aquilo dê errado. Ao invés de aproveitar cada coisinha como se fosse a última vez, eu fico me preocupando em estar certa, pisando em terra firme, sempre. Pensando, o tempo todo, se a vida, a minha vida, é aquilo que tá acontecendo aqui e agora ou se eu tou só levando em consideração coisas que eu já passei. Quem acaba sentindo isso são as pessoas que não tem nada a ver em eu ter me mudado ou a vida ter me mudado, sei lá.
Acho que essa é uma das coisas que mais pesam nos meus dezesseis aninhos. Mas apesar de tudo, tudo que eu já vivi, que eu vivo e que eu sei que ainda vou viver, porque o tudo não se resume a isso, eu consigo sonhar de olhinhos fechados e eu aprendi a me permitir achar linda a lua amarela e gorda que tá fazendo hoje, amanhã ou em todas as noites estreladas. Acreditando que dessa vez vai ser diferente e que tá tudo indo muito bem.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Eu não sei porque é que eu ainda insisto tanto e você, porque ainda passo noites em claro buscando uma solução pra gente; pensando no que é que eu vou fazer comigo no dia em que eu olhar para o lado e não te sentir por perto.
Ás vezes eu penso que a gente não foi feito pra durar, que a gente não foi feito pra dar certo... E é exatamente nessas horas que eu choro. Choro feito uma criança, porque eu não me imagino sem você. Mas ao mesmo tempo eu não sei se quero passar mais tanto tempo da minha vida insistindo em alguém que se quer nota o brilho dos meus olhos ao te ver.
Mas mesmo assim eu insisto, eu insisto em você, insisto em nós dois juntos; insisto em sentir meu coração batendo forte ao te abraçar; insisto porque eu preciso do teu beijo, mesmo ele faltando em tantos momentos.
Eu insisto em você.
E sabe porque eu continuo insistindo? porque é de você que eu gosto e a minha felicidade sempre esteve do seu lado.