sábado, 28 de agosto de 2010

"Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo."

Mahatma Gandhi

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Por que escrevo?

Para me livrar de todos estes sentimentos desmensurados que existem em mim. Para lavar a minha alma que, dia após dia, retira pedacinhos de sonhos que eu tive e tenho. Para desvincular a minha vida de sensações que fui, tantas vezes, proíbida de sentir. Para mostrar pra todo mundo que eu, nesse momento, estou feliz e em paz comigo, com a vida e com as pessoas; que eu me sinto leve, uma coisa que eu jamais poderia provar se estivesse com você, por um único motivo: eu me doar demais. Mas eu sou assim, sempre fui quando se tratava de você, e você soube disso em cada segundo da vida. E se aproveitava porque tinha certeza de que eu faria tudo pra te ver feliz. Acontece, boy, que você sugava de mim o meu ego, meu amor próprio, minhas individualidades, tudo aquilo que é e sempre será meu por direito! Acontece que sua alegria quase nunca foi por mim. E quando foi, tornou minha vida intolerável.

Agora, tudo mudou... eu vivo por mim. Todos os dias, quando abro os olhos, eu agradeço por estar aqui e poder compartilhar tudo com pessoas que me amam e me fazem ser inteira e com sentido. Eu fico feliz por coisas tão pequenininhas que, antes, me pareciam sem valor. Agora, eu nem sinto a necessidade doida de ser amada, nem tenho urgência de amar alguém, já que nesse momento a minha existência está consumada de amor-próprio. Ficar bem é a minha prioridade, ponto final. E eu adoro a sensação de me direcionar para um estágio de não precisar de ninguém e de ter conseguido deixar de lado aquela solidão filha da puta, um milhão de vezes, que me acompanhava desde a hora em que eu abria os olhos, de manhã cedo, até a hora de fechá-los novamente. Porque eu era louca por você. Pelo teu andar tronxo e lento, pela sua capacidade de falar tanta besteira em um pequeno espaço de tempo, o risquinho que existe por trás da tua orelha e o modo como tratava com indiferença as pessoas que não te interessavam. Eu me pegava te olhando, tão torto e cheinho dos defeitos que eu amava tanto, tanto, tanto. Como se nada no mundo fosse tão bom. Mas foi depois, bem depois, que eu descobri que a minha vida é legal demais pra que eu me prenda a detalhes tão supérfluos, que existem coisas em mim muito mais interessantes que você nunca notou, e no final das contas tudo o que me restava era cansaço, por isso eu não me enxergava dessa forma. Mas agora eu sei: com você ou sem você, eu continuo sendo eu, só que de um modo muito melhor.

Apesar de tudo, e nós sabemos que esse tudo não é pouca coisa, eu amava demais você, em cada partezinha sua, como já havia dito. Mas foi preciso que tu fosse embora, exatamente da maneira que foi, para eu transferir tudo isso pra mim. Para eu, finalmente, enxergar o que não queria ver. Eu jamais seria feliz do seu lado, porque não era com você, nunca foi. Você ocupava todos os espaços de mim. E agora não é mais nada, tudo é página virada.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Deveriam ser proibidas essas madrugadas de domingo em que a saudade impera, consome, sufoca. Aquelas horas que a vida nos mostra a sensação de impotência por querer algo impossivel de se ter. E a vontade idiota, mediocre e patética de chorar por uma dor que não merece ser sentida. Uma dor que, simplesmente, não merece ser sentida!

(e eu não estou falando por mim!)