segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sobre emoções

E em um dia como esse é que você percebe que saudade é um bicho ruim de se setir, de lidar, de se acostumar. E não se trata de saudade burra... é consciente, dolorida, você sabe exatamente da falta que cada um daqueles detalhes fazem na sua vida, das coisas boas que passaram sem o seu consentimento. É doído e melancólico.

Dói quando o amor acaba apenas pra um. Dói não saber se o outro ainda guarda as mesmas manias, o mesmo jeito de atender o telefone ou se escolheu o curso que disse que escolheria.

Dói não sentir mais nada. Dói se sentir vazio. Dói não conseguir sentir mais nada.

Dói uma saudade composta por mágoas, só porque você consegue ver cada um dos erros do outro, porque você se enxerga neles, porque vocês são parecidos... dói demais ver que aquela outra criatura que você tanto odeia, ou teria motivos de sobra para odiar, ainda mexe demais com tudo o que existe dentro de você, que ela ainda consegue te destruir em poucos minutos, o que voce levou meses construindo.

Mas aí você, para fingir que ta tudo bem, pra não transparecer que a mágoa que carrega é apenas a margem de um amor muito, muito grande, mente pra o mundo que ta tudo certo, mente pra você que aquilo logo vai passar, que alguns dias de sol de dezembro é suficiente para esquecer um verão inteiro de maio e pra tentar se convencer que aquela outra pessoa não está mais presente nos seus pensamentos do que qualquer outra coisa, e que ela, mesmo que não saiba, te visita em sonhos quase todas as noites!

Sim, você odeia que essa pessoa tenha o poder absoluto sobre cada um dos seus atos, que você ainda se importe se ainda importa pra ela.


(Texto antigo)





sábado, 27 de novembro de 2010

24.11.10

Construir e reconstruir os meus sonhos tem sido o meu trabalho, durante todos os esses anos... E tanta coisa já aconteceu na minha vida, que se não serviu pra algo banal, serviu pra me tornar uma pessoa melhor. Acho engraçado como a vida tem vontade própria, como ela corre... como o tempo corre! Eu olho pra trás e vejo pessoas que passaram pelos meus dias, algumas de importância absoluta, outras nem tanto... mas que passaram, simplesmente passaram e eu nem percebi. E é por esse motivo que eu estou extremamente nostalgica hoje, pelo fato de que o ponteiro do relógio não pára. Pra ninguém. E nós também não podemos parar.

Ontem foi um dia muito importante pra mim, e pra muita gente que eu amo também. Um dia em que eu fui submetida a uma avaliação de tudo o que eu fiz, principalmente durante o ano, o meu último ano de colégio. Muita coisa aconteceu. E em uma velocidade absoluta e assustadora... tantas inseguranças, erros, tristezas, tantas vírgulas. E depois as vitórias, alegrias, acertos... meus e de todos os que povoaram os meus dias de coisas boas. E é assim... a vida assusta demais, as vezes, porque eu sei preciso seguir agora... amadurecer e continuar a construir a minha história.




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

E que você é o total responsável pelo sorrisinho bobo de canto de boca que estampou no meu rosto hoje, durante o dia inteiro!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

E se eu o fiz é porque, de alguma maneira, acreditava que era certo fazê-lo. É que as vezes eu surto e fico pensando (e é a realidade) que a gente só tem uma vida mesmo... essa aqui! O amanhã é incerto demais pra que a gente fique remoendo coisas pequenas. E eu sigo acreditando que esconder sentimentos e vontades é a maior besteira do mundo, porque no final de tudo isso aqui o que importa de verdade são os momentos vividos ao lado de quem a gente gosta. Nossos verdadeiros tesouros.

Tenho pensando sobre isso desde domingo... e sabe o que eu faço com o meu orgulho?
Jogo no lixo!

Pelo menos por hoje...

domingo, 7 de novembro de 2010

É o que tem pra hoje...

Eu estou ouvindo uma música tão linda agora, que me submete, irremediavelmente, a um conforto absurdo de falar sobre você. Tudo bem que essa paz de espírito tem me consumido já a bastante tempo, mas ela chegou no ápice exatamente nesse momento. Nessa hora em que eu me sinto a vontade pra dizer o quanto você me feliz, embora eu não ache que seja preciso te dizer, sei que ficou implícito em cada risada que dei com você, durante esses anos todos. Não, não tenho que falar o quanto você trouxe felicidade para a minha vida. É claro que você sabe de tudo isso. Mas eu quero. Quero falar de você, de nós dois. Já que esse nós foi o que inundou os meus pensamentos duranto tanto tempo. É que depois de um tempo, como o que já passou, é muito fácil perdoar e até esquecer dos erros e das coisas que não fizeram bem. E eu precisava dessa distancia para ter a clareza que tenho agora com relação ao que aconteceu com a gente... ou o que não aconteceu. Eu entendo o que senti, talvez o que você sentiu e sei que foi melhor assim. Se tivesse havido uma conversa teríamos nos magoado ainda mais. Eu teria me magoado mais. E hoje eu posso te dizer que ver você fora da minha vida foi uma das coisas mais difíceis que me aconteceu. Não foi uma atitude inconsequente ou impensada. Eu só não podia mais suportar aquele joguinho que nós criamos.
A finalidade era viver com você algo de verdade. E eu juro que me doeu demais abrir mão daquilo que eu mais queria. Porque foi lindo tudo o que aconteceu e eu não aceitaria que fosse menos. Éramos incríveis com toda a nossa história, nossas particularidades, coisas boas. Mas eu cansei, e sei que você também cansou. Cansei de perdoar teus erros, de tentar adivinhar pensamentos, sentimentos. Cansei de fingir ser uma mulher desprendida para me encaixar no teu perfil, de medir os nossos amores e sempre ver que era unilateral, sempre. Mas eu acho que foi de verdade em algum momento, mesmo no teu jeito estranho de gostar. E acho, também, que você não conseguiu entender que tudo, absolutamente tudo, que eu fiz foi porque eu te amava. E amava muito. Você nem tem a noção certa do estrago que me fez quando não me falou dos teus sentimentos, quando fingiu não saber que a tua indiferença me perturbava muito mais que uma dor de cabeça crônica, quando não me tratou com o respeito que eu merecia pela companheira que eu era, ou quando fingia não perceber o quanto eu ficava mal com o que estava acontecendo.

Mas passou.

É estranho olhar pra mim, agora, e perceber que eu me enganei no tamanho da precisão que achava que tinha de você. Sendo que agora que eu não te tenho mais aqui eu me sinto mais inteira do que nunca. Gosto do que me tornei depois de tudo aquilo. Menos sentimentalista, mais desprendida. Gosto mais de mim.
Sinto falta, apenas, de um amor que eu sei que qualquer dia desses vai entrar na minha vida, e dos sonhos que eu também sei que ressurgirão aqui dentro. E nem quero fantasiar muito, acho nem sou mais assim. Porque eu tenho preferido viver um dia de cada vez, tudo no meu tempo. Acreditando que tudo tem um propósito, até mesmo eu estar aqui, escrevendo pra você...


Ao som de: Vanessa da Matta -Música

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Coisa complicada é esquecer alguém

A gente luta contra aquilo em cada interminável segundo do dia, da semana, do mês, do ano. Sem descanso para fins de semana ou feriados. Acho que o coração não tem noção de tempo, não nos da trégua, faz questão de chafurdar numa dor que pode acabar com a gente aos poucos. E aí você fica assim, insone, noites e noites a fio. Atravessa ruas e dias à procura de uma possível luz, e levando na vida aquela dorzinha que, vez em vez, teima em latejar, só pra mostrar que ainda inunda por completo o coração.
Um dia você acorda e bum! A dor sumiu... e você nem percebeu. A sensação que fica é de que falta alguma coisa, sempre. E você vai e enche o peito de ar e coragem e luta, agora, contra o vazio que existe por dentro. O eterno sentimento de desconforto e desamparo. Sem saber o que fazer com todo esse espaço, que era plenamente ocupado pelo amor imensurado que sentia por ele. Como aprender, então, a conviver com a falta do que havia de mais bonito por dentro? Não sei, não sabemos! A gente vai levando e se perguntando se foi para isso que serviu tanto esforço e tantas renúncias: para não dar em nada.
E agora é sempre assim: chuva e sol, frio e calor, noite e dia, e nenhuma lembrança dele, do que era a parte mais significante dos dias. E a certeza de que os nossos caminhos desvencilharam completamente e não se cruzarão outra vez.
Apagar alguém da nossa vida é bem difícil, mas não ter nada por dentro pode ser ainda pior.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

É o que eu desejo pra você!

Não tenha medo de viver. De flutuar pelos caminhos que lhe serão mostrados todos os dias. Serão tantos. De fazer as escolhas com o coração. De acreditar no amor e em trocas verdadeiras que existem entre as pessoas. De acreditar nas pessoas. De aprender a sorrir com a boca, com os olhos e com o corpo inteiro. De ser gentil e amável. Aprenda a redescobrir a beleza que existe nas coisas pequenas e cotidianas. Assegure-se de que a vida só lhe sorri se você fizer o mesmo pra ela. Não espere que alguém faça por você o que você deve fazer: cuide-se, ame-se. Você, mais do que qualquer um, sabe o que espera da vida, das coisas e das pessoas. Você sabe dos seus medos e das suas lacunas... permita-se preenchê-las. "Mudar" é a palavra chave, "adaptar" vêm logo depois... busque por isso! Trace novos rumos. Metas e conquistas regam a existência de razões. Renove-se a cada amanhecer com disposição para ouvir, para amar. Relacione-se, pois trocas reais e sinceras transmitem alegria para a alma. O amor? Ele não é o problema... ele é o nosso infinito aprendizado. O problema é o medo de amar e de se convencer que qualquer ferida, por mais profunda que seja, só precisa de cuidados para que seja curada. E tudo o que causa dor um dia se multiplicará em coisas boas. Porque, no final de tudo, o que realmente importa é o quanto você foi feliz. E sabe a felicidade? ela é tudo aquilo que te faz sorrir. Nada mais.

sábado, 28 de agosto de 2010

"Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo."

Mahatma Gandhi

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Por que escrevo?

Para me livrar de todos estes sentimentos desmensurados que existem em mim. Para lavar a minha alma que, dia após dia, retira pedacinhos de sonhos que eu tive e tenho. Para desvincular a minha vida de sensações que fui, tantas vezes, proíbida de sentir. Para mostrar pra todo mundo que eu, nesse momento, estou feliz e em paz comigo, com a vida e com as pessoas; que eu me sinto leve, uma coisa que eu jamais poderia provar se estivesse com você, por um único motivo: eu me doar demais. Mas eu sou assim, sempre fui quando se tratava de você, e você soube disso em cada segundo da vida. E se aproveitava porque tinha certeza de que eu faria tudo pra te ver feliz. Acontece, boy, que você sugava de mim o meu ego, meu amor próprio, minhas individualidades, tudo aquilo que é e sempre será meu por direito! Acontece que sua alegria quase nunca foi por mim. E quando foi, tornou minha vida intolerável.

Agora, tudo mudou... eu vivo por mim. Todos os dias, quando abro os olhos, eu agradeço por estar aqui e poder compartilhar tudo com pessoas que me amam e me fazem ser inteira e com sentido. Eu fico feliz por coisas tão pequenininhas que, antes, me pareciam sem valor. Agora, eu nem sinto a necessidade doida de ser amada, nem tenho urgência de amar alguém, já que nesse momento a minha existência está consumada de amor-próprio. Ficar bem é a minha prioridade, ponto final. E eu adoro a sensação de me direcionar para um estágio de não precisar de ninguém e de ter conseguido deixar de lado aquela solidão filha da puta, um milhão de vezes, que me acompanhava desde a hora em que eu abria os olhos, de manhã cedo, até a hora de fechá-los novamente. Porque eu era louca por você. Pelo teu andar tronxo e lento, pela sua capacidade de falar tanta besteira em um pequeno espaço de tempo, o risquinho que existe por trás da tua orelha e o modo como tratava com indiferença as pessoas que não te interessavam. Eu me pegava te olhando, tão torto e cheinho dos defeitos que eu amava tanto, tanto, tanto. Como se nada no mundo fosse tão bom. Mas foi depois, bem depois, que eu descobri que a minha vida é legal demais pra que eu me prenda a detalhes tão supérfluos, que existem coisas em mim muito mais interessantes que você nunca notou, e no final das contas tudo o que me restava era cansaço, por isso eu não me enxergava dessa forma. Mas agora eu sei: com você ou sem você, eu continuo sendo eu, só que de um modo muito melhor.

Apesar de tudo, e nós sabemos que esse tudo não é pouca coisa, eu amava demais você, em cada partezinha sua, como já havia dito. Mas foi preciso que tu fosse embora, exatamente da maneira que foi, para eu transferir tudo isso pra mim. Para eu, finalmente, enxergar o que não queria ver. Eu jamais seria feliz do seu lado, porque não era com você, nunca foi. Você ocupava todos os espaços de mim. E agora não é mais nada, tudo é página virada.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Deveriam ser proibidas essas madrugadas de domingo em que a saudade impera, consome, sufoca. Aquelas horas que a vida nos mostra a sensação de impotência por querer algo impossivel de se ter. E a vontade idiota, mediocre e patética de chorar por uma dor que não merece ser sentida. Uma dor que, simplesmente, não merece ser sentida!

(e eu não estou falando por mim!)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ah, mas tudo bem...

Nós vamos ficar ótimos. Bem e felizes.
Na vida, nada acontece por acaso. Sempre acreditei nisso. Que se está sendo assim, é porque é assim quem tem que ser.
E vai acontecer de novo...
Quem sabe mais intenso, mais sincero, mais feliz mesmo!
Procuraremos ficar da melhor forma que pudermos. Nos cuidar, nos colocar em primeiro lugar, aguçar o amor próprio e acreditar!
Acreditar que uma realidade imensamente maior nos espera. Sem jamais deixar de agradecer pelas lições que ficaram e cada um dos apredizados que sempre farão nos tornar melhores e mais fortes pra buscar crescimento, felicidade e para atrair coisas e pessoas que realmente importem... pessoas que nos façam crescer, respeitar e amar de uma forma simples e bonita. Exatamente assim, como deve ser.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pois é...

"Me engane uma vez, vergonha pra você. Me engane duas vezes, vergonha pra mim. Hoje a vergonha é pra mim. Mas cada um é o que é e como é. E de idiota nessa vida só continuam nos fazendo se a gente permitir."

domingo, 23 de maio de 2010

Quero apenas cinco coisas...

Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.


Pablo Neruda

sexta-feira, 21 de maio de 2010

É que as vezes é complicado de perceber até que ponto alguém é a projeção daquilo que a gente sonhou um dia.
Quer saber? a culpa é exclusivamente nossa.
Quando a gente se decepciona com determinada pessoa, na maioria das vezes, é por culpa nossa. Fantasiando algo que alguém jamais pode ser.
E embora isso não seja a coisa mais fabulosa do mundo, é preciso que a gente encontre, sempre, um aprendizado em cada minúscula coisinha que nos acontece! E as vezes é muito importante pra o nosso crescimento algo comoum choque de realidade.
É lógico que é muito normal que depósitemos total confiança em alguém, principalmente se esse alguém for quem faz nosso coração disparar. É normal sim, que ofereçamos todos os nossos medos, alegrias, vontades e desejos. Mas como eu ja tinha aprendido um dia, gostar não é o bastante.

E se mais uma vez eu precisar chorar, o problema é, indiscutivelmente, meu. Eu que sou dona das minhas dores e dos meus aprendizados.
E se for necessário que eu mude, mais uma vez, isso vai acontecer.
Não por ninguém. Por mim.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Isso não faz muito tempo, mas eu aprendi a ser só

Tenho pensado muito sobre isso enquanto reavalio os meus relacionamentos.
Nós, imperfeitos como somos, temos uma capacidade absurda de sermos egoístas. De fato. Machucar as pessoas às vezes, e na maioria delas, sem que essa seja propriamente a intenção.
É verdade, em muitos momentos a gente, na sede de suprir necessidades íntimas, buracos causados pela vida procuramos, desvairados, buscar em alguém um complemento que só pode ser achado dentro de nós mesmos.
Eu acho que o ser humano tem total aptidão para tomar consciência desses erros, que podem causar danos irreparáveis nas pessoas. E plenamente capazes de permanecer sós, até que o momento de carência passe, até que percebamos o quão maldosos estamos sendo; iludindo alguém que jamais seria capaz de preencher nossos vazios.
Coloquemos, portanto, em nossas cabeças o fato de que não temos o direito de usar as pessoas apenas por capricho. Deve existir respeito pelo outro.
Sempre achei que, para que um amor saia de nossas necessidades, para que ele vá embora, é preciso um novo amor, pelo menos é um tanto mais fácil pra nós. Por esse motivo magoamos e desrespeitamos pessoas que gostamos muito, verdadeiramente. De uma forma mais amena, é claro. E é exatamente por esse motivo que eu aprendi a ser só. E eu não tenho mais medo disso. Porque, na verdade, eu já cansei dos meus términos de relacionamentos. De precisar, cada vez mais, de desculpas e desdobramentos para colocar um fim naquilo tudo com o máximo de cuidado, para não aumentar ainda mais o estrago que já foi feito. Sem necessidade, vale ressaltar.
Que possamos, então, pensar mil vezes antes de engatar um relacionamento. Colocar na balança e avaliar se realmente vale apena. Só o faça quando tiver plena certeza do que sente e do que quer.
Que tenhamos coração.
Que ninguém nós iluda e, principalmente, que não iludamos ninguém. Acredite, podemos conter nossas emoções em nós mesmos, sem que saiamos por aí devastando corações. Isso é perfeitamente possível. Basta querer.

domingo, 2 de maio de 2010

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego, atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

-Lenine

sábado, 17 de abril de 2010

"O bom encontro é de dois"

(...) Por mais que a gente queira, deseje, ame, pra que seja de verdade é preciso que o outro também venha...

É dar os nossos passos que nos cabem e esperar que o outro dê os passos que lhe cabem, em retorno. É fazer a nossa parte e esperar que a outra pessoa faça a parte dela, de volta. Mas nem sempre é assim...

Mas é que a gente sofre quando tem as expectativas devastadas... todo mundo sofre. Acho que o mais difícil é assumir nosso sofrimento com dignidade e reaprender a continuar da melhor forma que puder. Sem se desrespeitar, se humilhar ou perder o amor próprio... sei lá.

(...)

Moral da história? Nenhuma. O mundo gira, as coisas se transformam. Mas uma história de amor só é uma história de amor se for ao mesmo tempo para as duas pessoas. Ninguém pode viver o amor da sua vida sozinho. Nem se contiver todos os sentimentos do planeta em si mesmo. Ninguém.



(Li isso em outro blog e achei ótimo)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

23:23: não é você quem pensa em mim

Mas era você quem eu queria pensando em mim, era você, sempre foi, quem eu queria que tocasse em mim. É engraçado como coisas ou pessoas, aos poucos, ou rapidamente, vão tomando conta da vida da gente. Do nosso pensamento, da vida, do eu. Ao ponto de você, de repente, sequer se reconhecer. E a vida dá tantas voltas, e ela leva e trás tanta gente. E junto com essa gente volta alegria, volta mágoa. E junto com essa gente, sempre volta você. Pra me fazer bem, pra me fazer mal, não sei. Mas sempre você, você que me faz rir, gargalhar.Você que me beija, até o ar faltar. Você que me tira o juízo ao ponto de largar tudo que eu construí, quando a vida te levou. Me faz esquecer tudo, a história, o passado, as coisas ruins. Me deixando acreditar só e unicamente no agora, que se deve viver agora, e que eu preciso, eu falei que eu preciso, não deixar passar nenhum minuto do teu lado, gastá-lo com você. Porque, embora, agora, eu não te diga, eu preciso muito de você e atravessaria o mundo, todos os dias, só pra te ver. Mas você teria que prometer não se deixar ser levado outra vez, prometer que vai tentar, que vai se esforçar. E se no final das contas tudo der em nada, se tudo, se tentar, se amar, for em vão, ainda assim vou estar satisfeita, que por você vale a pena. Você, que tomou conta da minha vida, dos pensamentos e da minha vontade de escrever.
Você, a quem eu quero tocar. Você, em quem eu quero pensar. Gostar.
Você. Sempre, você.
É e sempre será você.
"Todos os relógios estão parados. Não sei se é ontem, se hoje ou amanhã, se é sempre e nunca mais. Estou solta aqui, completamente só. Não há relógios, não há relógios e o tempo avança liberto, sem fronteiras e limitações, uma bola de arame farpado. O sentimento vai se adensando em mim, transborda dos olhos, das mãos, sai pela boca em forma de fumaça. Sinto meus lábios ressequidos, machucados, o gosto amargo. A bola cresce estendendo tentáculos, no meio dela eu me encolho cada vez mais, presa num círculo que cresce até explodir na vontade contida de gritar bem alto, bem fundo, rouca, exausta, correndo, esmagando as folhas de um outro outono, de um outro tempo, ainda este o tempo, o outono, a tarde, o mundo, a esfera, a espera em que estou pra sempre presa."

Caio Fernando

terça-feira, 30 de março de 2010

E talvez seja apenas isso: chovendo por dentro, impossível por fora...

É que as vezes eu me pego (re)olhando as coisas que me lembram você. E nesses momentos eu penso no que foi que aconteceu com a gente, em que momento eu errei. E eu sempre acabo chegando a conclusão de que não foi culpa minha. Talvez nem sua. Eu fiz o que pude.
É que as vezes eu não consigo ser a pessoa sensata que costumo ser e tento descontar por todos os modos tudo que você me fez. Sem perceber que no final das contas quem mais perde com isso sou eu. Só porque por dentro de toda essa armadua que eu criei, existe uma completa paixão por você. Tipo a opção "e", da pergunta que você me fez dia desses.
É que as vezes é complicado segurar o choro e o aperto no coração, quando eu penso que poderia ter sido diferente, quando eu penso no tempo perdido e em tudo que nós não vivemos.
É que ainda é difício pra mim, parar de contar os escorregões e cada uma dos teus errinhos. E eu acho que o que aconteceu, talvez tenha sido algo que, era pra ser uma coisa boa e acaba se transformando em um peso tão grande, que passa a desconfortar e de um jeito muito ruim.
E essa minha constante defensiva quando se trata de você, é só uma forma de me manter segura dos danos que você me causa, sempre que vem e vai embora.
Quanto tempo isso vai durar, eu não sei...
Mas me espera, meu amor. Me espera que um dia eu volto e corro pro teu abraço, pra gente ser feliz, de novo e pra valer.