Tenho pensado muito sobre isso enquanto reavalio os meus relacionamentos.
Nós, imperfeitos como somos, temos uma capacidade absurda de sermos egoístas. De fato. Machucar as pessoas às vezes, e na maioria delas, sem que essa seja propriamente a intenção.
É verdade, em muitos momentos a gente, na sede de suprir necessidades íntimas, buracos causados pela vida procuramos, desvairados, buscar em alguém um complemento que só pode ser achado dentro de nós mesmos.
Eu acho que o ser humano tem total aptidão para tomar consciência desses erros, que podem causar danos irreparáveis nas pessoas. E plenamente capazes de permanecer sós, até que o momento de carência passe, até que percebamos o quão maldosos estamos sendo; iludindo alguém que jamais seria capaz de preencher nossos vazios.
Coloquemos, portanto, em nossas cabeças o fato de que não temos o direito de usar as pessoas apenas por capricho. Deve existir respeito pelo outro.
Sempre achei que, para que um amor saia de nossas necessidades, para que ele vá embora, é preciso um novo amor, pelo menos é um tanto mais fácil pra nós. Por esse motivo magoamos e desrespeitamos pessoas que gostamos muito, verdadeiramente. De uma forma mais amena, é claro. E é exatamente por esse motivo que eu aprendi a ser só. E eu não tenho mais medo disso. Porque, na verdade, eu já cansei dos meus términos de relacionamentos. De precisar, cada vez mais, de desculpas e desdobramentos para colocar um fim naquilo tudo com o máximo de cuidado, para não aumentar ainda mais o estrago que já foi feito. Sem necessidade, vale ressaltar.
Que possamos, então, pensar mil vezes antes de engatar um relacionamento. Colocar na balança e avaliar se realmente vale apena. Só o faça quando tiver plena certeza do que sente e do que quer.
Que tenhamos coração.
Que ninguém nós iluda e, principalmente, que não iludamos ninguém. Acredite, podemos conter nossas emoções em nós mesmos, sem que saiamos por aí devastando corações. Isso é perfeitamente possível. Basta querer.
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