domingo, 6 de março de 2011

Sei lá por que, mas eu pensei em você hoje. Não com saudades, apenas lembrei. Lembrei daquele nosso reencontro. Quando você apareceu lá em casa naquela hora improvável... Eu querendo controlar o meu coração, você me dando milhões de beijinhos. Eu precisando olhar em qualquer direção que não fosse a sua, só pra resistir, e você me falando da tua saudade de mim, inquieto com a minha indiferença. Não, eu não estava indiferente. Eu fingia. Eu queria mesmo te abarçar bem forte, eu queria gritar que senti tua falta, que te esperei o tempo todo, que meu coração sempre foi seu, e que nem por um instante ele quis desprender-se de você. Eu queria te falar da minha insônia naqueles meses e de quantas vezes quis te procurar... Mas você sabia. Sabia de tudo que eu sentia. Você sempre soube. E eu odiava que alguém me conhecesse tão bem, eu odiava o teu jeito de sempre saber tudo de mim. E você me falou do seu último namoro sem importância, e eu não tinha um último namoro pra te falar. Eu te esperava... Me contou de todas as vezes que quis me ligar. Que eu estava linda e que não importava as muitas meninas legais que apareceram na sua vida, elas não seriam como eu. E eu pensava que não era possivel eu ceder, que eu tinha gasto tempo e energia demais ensaiando aquele momento. Eu planejava te dizer um monte de palavras cortantes, eu queria te magoar. Descontar. E só conseguia sentir amor. Sim, eu estava apaixonada demais por você pra não te desculpar. O que eu sentia era muito grande pra que eu deixasse descer pelo ralo. Não dava pra abrir mão. Não dava pra perder a chance de ter voce na minha vida de novo. Eu não tinha mais como resistir. Eu te abraçava. E nós ficamos assim. E todo o espaço foi preenchido por uma gota de silêncio minha. Você dizendo que me amava. Eu dizendo que te amava. E nós estávamos fazendo uma coisa errada. Eu sabia. Nós sabíamos. Mas nunca nada me pareceu não certo, tão necessário, tão nosso. Juro que eu quis que o tempo parrasse alí, bem naquele momentinho. Porque foi de verdade o que a gente passou. E a gente se gostava. E valeu a pena tudo. Porque nós éramos lindos. Juntos.



Achei estranho ter escrito isso. Não tem mais sentido pra mim.
E parece que faz mais tempo do realmente faz.

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