terça-feira, 8 de março de 2011
O que não tem remédio
Mas aí ele vai embora. E a gente sofre, emburra, berra, faz malcriação. Joga pelo mundo um monte de palavras soltas que ofendam. Todos. A gente generaliza. São todos iguais! A gente jura que nunca mais vai deixar que aquilo aconteça de novo, que não vale a pena. E naquele momento não valia mesmo, ele não valia, homem nenhum valia. O drama, as lágrimas e as noites mal dormidas. Promete que nunca, nunca mesmo, um estúpido qualquer vai entrar na nossa vida e bagunçar tudo, e arrastar tudo de mais bonito que a gente passou tanto tempo construindo. E enlouquece. Se torna descrente, cética. E vai pra balada, e dança, dança e toma meio litro de vodka pra anestesiar a dor do amor. Mas não dá pra ficar assim. Todo mundo sabe. Ele não valia a pena, não é mesmo? Sim, ele não valia, não vale. Não vale a ressaca do dia seguinte, a dor de cabeça de cão, o coração doendo, o vazio, a solidão. A gente entende que passa. Sempre passa. A gente sabe. Clichê. Então acalma. Acalma a alma, o espirito, os animos. Entende que vai acontecer de novo, sim. A gente está sujeito a tudo, a todo o desgaste. A gente leva na cara, e bate. E aguenta o tranco. Porque a vida é isso mesmo. Não há saída: sossega o coração. Senta. E espera a próxima.
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